CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO

NOTA À IMPRENSA DO SINDICOM-BA

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O Sindicato das Distribuidoras de Combustíveis do Estado da Bahia (SINDICOM-BA) declara que a crise que levou à greve dos caminhoneiros representa uma preocupação com o abastecimento do país pela importância que os transportes de cargas têm para a economia nacional. Basta lembrar que 70% do PIB brasileiro é transportado sobre rodas.

O caminhoneiro é uma categoria de trabalhadores das mais sofridas, principalmente os autônomos, que rodam diuturnamente, enfrentando os altos custos de combustíveis e do pedágio, as estradas precárias e inseguras.

A nossa tributação de combustível é a mais alta do mundo, ao que se juntam a sua complexidade e os inúmeros tributos. A política da Petrobras, como empresa, de alinhamento dos seus preços ao mercado internacional, com paridade no petróleo e no dólar está correta para garantir a sua sustentabilidade. O que está errado é o peso dos impostos nos combustíveis.

O Governo precisa enfrentar a Reforma Tributária como uma agenda relevante e urgente para destravar o desenvolvimento nacional. Esta reforma é a mãe de todas as reformas. O Brasil é o primeiro país do mundo em atrativos naturais, a oitava economia do planeta e o centésimo quinquagésimo terceiro em ambiente de negócio. O país precisa criar uma receita para seu crescimento.

Hoje temos 92 tipos de impostos diferentes e meia centena de sistemas tributários a alimentar as áreas fiscais do governo em todos os seus níveis. O empresário está no seu limite de sobrevivência.

Os impactos dessa greve para o consumidor são catastróficos. Começam a faltar alimentos nas Centrais de Abastecimentos, a faltar combustíveis nos aeroportos, a produção de carne começa a ser afetada em toda a sua cadeia, os frigoríficos já não têm espaços para armazenar seus produtos perecíveis, e por fim, e nos supermercados começam a faltar alimentos de primeira necessidade.

Só na Bahia empresas transportadoras com mais de 500 caminhões estão nos terminais e bases de combustíveis parados, em São Francisco do Conde, em Itabuna, Jequié, Juazeiro e Luiz Eduardo Magalhaes, onde se situam as principais bases de suprimento de diesel, gasolina e etanol. 

 

Luiz Gonzaga Andrade

Presidente do SINDICOM-BA

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